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Fuga

  • Foto do escritor: fermanabe
    fermanabe
  • 22 de abr. de 2021
  • 3 min de leitura

Você tem medo de quê? Isso o paralisa? Qual a sua muleta?

Você quer realmente mudar isso? Quais suas saídas para dar um passo à frente?


Fernanda Ayumi Manabe: crescer. viver.

- Então, é da morte?

- Não. Não exatamente. Talvez? 😂

Bem rapidinho. Eu sei que desde sempre falei que não queria crescer, virar adulta. Amava ser criança e podia viver aquela época para sempre. E quem disse que o tempo para e que os meus desejos não se realizam? 23 anos de idade; 19 anos de cara; 8 anos de mentalidade. Apesar de eu ter uma noção dos meus sonhos, queria o futuro e algumas responsabilidades distantes. Não sei ainda se esse medo surgiu desde minha concepção ou veio de antes ou um pouco depois, mas tenho algo mais recente e concreto para dar de exemplo. Eu tinha gravado uma notícia - só fui lembrar disso depois de 5 anos - de uma médica que estava no seu auge da carreira, fazendo voluntariado com crianças no exterior e morreu numa dessas viagens se protegendo de uma tempestade; caiu sobre ela o telhado da capela. Era exatamente um dos meus sonhos, então foi só um gatilho da minha crença limitante de que

CRESCER SUCESSO MORTE

(poxa, bem quando eu estiver no melhor momento, aproveitando a vida...). E aí, começavam os processos de fuga e autossabotagem.

Não que eu concordasse com esse meu modo de ser ou fizesse tudo isso de propósito.

Exigiu muito para eu sair desse piloto automático. Tomar consciência dessas coisas até que eu tive cedo, mas tamanho comodismo, autocrítica e insegurança me esgotava energeticamente antes mesmo de entrar com alguma solução.

Enfim,

meu medo me paralisou. Eu não o usei como um mensageiro de algum perigo. Nem segurei na mão dele e falei "vamos mesmo assim, meu amigo". Eu deixei com quem ele me convencesse de que todos os blablablás mentais fossem verdade (comparações; sentimento de inferioridade; críticas; perfeccionismo; idealismos; insegurança).


E, então, embarquei em buscas. Sobretudo respostas externas.

Conheci várias pessoas maravilhosas. Conheci várias técnicas e processos terapêuticos incríveis. Conheci várias teorias e estudos extraordinários. E o melhor, fui me conhecendo mais e mais.


calmaê. Todo esse conhecimento adquirido adiantou de quê? E a migração de uma terapia para outra? Tocou num ponto sensível demais, né? Chegou numa ferida que não queria ver ainda. Vamos ali receber novos conselhos... de uma coisa eu tinha certeza, eu não tinha chego no meu limite, porque o incômodo tava evidente, mas a mudança ainda não saía do mundo das ideias.

Faltava disciplina. Faltava prática, prática e mais prática. Faltava persistência para criar um hábito novo e saudável para mim. Faltava amor próprio. Faltava eu conversar com essas minhas memórias celulares. Faltava assumir as minhas responsabilidades (e saber que quando precisamos, podemos sim pedir ajuda - até de onde não esperávamos*). Não se feche demais nos seus planos. Planeja, organize-se e seja flexível para o que der e vier. 💫🌷


*eu ia dizer para ter cautela. Mas aí me lembrei de uma frase: FOCO NA SOLUÇÃO. e não em criar mais problemas. eu mesma colocava as minhas barreiras, sempre tinha uma desculpa pronta ou uma justificativa para as minhas falhas.

ree

Permita-se viver. Entenda que não precisamos mais viver no padrão ancestral de sobrevivência. Honre seus antepassados e seus atos passados; deram sempre o que era o melhor deles a você. O certo e o errado estão em nossas percepções e construções; empodere-se do seu livre-arbítrio para fazer diferente As pedras sempre surgirão no caminho. Quanto antes lidar com elas, menos acúmulo de dor para carregar.


Grande abraço de luz e amor.

Fique bem!

-fermanabe

 
 
 

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