Autocuidado
- fermanabe

- 7 de dez. de 2022
- 2 min de leitura
Depois de um dia estressante, ou levar desaforo para casa,
eu quero tomar essa garrafa de vinho / me esbaldar de doces e salgadinhos / abrir essas latinhas de cerveja geladinha / maratonar essa série ...
porque eu mereço!
Quantas vezes você se pegou fazendo esse discurso para justificar uma ação fora da rotina tida como saudável? E quantas vezes isso ajudou ou realmente resolveu seu estresse? Momentâneo, talvez...
Deixa eu confessar, não considero tão ruins aqueles elementos (para quem for maior de idade, claro). Mas, a questão está, como sempre, na dosagem. E, na real intenção de se distrair dessa forma.
Nesses últimos anos, falamos tanto em autocuidado e em procurar coisas que nos dão prazer. Levar a vida de uma maneira mais leve, mais divertida e de positividade!
Você realmente pegou a essência dessas mensagens? Como têm aplicado tudo isso na sua vida?
E o quanto isso está sendo uma recompensa saudável/sustentável para nós mesmos?
Eu ainda tenho aqueles escorregões: "tal coisa é prioridade, preciso fazer isso e aquilo, vou organizar tal questão", mas aí quando percebo, já se passaram 3h de vídeos aleatórios e uma pilha de tarefas não cumpridas. Outro deslize: vivo apagando incêndios que eu mesma crio e priorizando atividades terceiras para deixar as que competem somente a mim para "algum dia, quem sabe".
A fuga pode se tornar um vício. E o vício começa pela repetição dessas pequenas ações realizadas várias e várias vezes; mais um hábito ruim difícil de se livrar depois.
Então, o que há de errado em comer um doce que você gosta? Experimentar um bom vinho quando pode? Comer guloseimas/fritura junto de nossos próximos? Ou assistir aquele filme/episódio da série que recomendaram?
Algo que um de meus mestres ensinou e vêm me ajudado muito são perguntas.
- Quero! Mas, eu realmente preciso? É possível/necessário para esse momento? - Eu não quero! Mesmo, por quê?
E aí, sou bem sincera comigo mesma na resposta e consigo perceber quais são as atitudes que tomarei diante disso.
Para isso, também exige assumir as responsabilidades daquilo que deve ser feito, do que está no seu alcance de concretizar no devido tempo, de ter os momentos de descanso e de lazer. Usar esses tempos livres equilibrado com o trabalho e os estudos, respeitando seus ciclos. Isso é autoamor. Autocuidado.

Compartilho desses pensamentos para aqueles que também se sabotam com discursos bonitos e sem perceber nos convencemos de privar uma rotina balanceada para uma vida melhor através de deleites não tão inofensivos usados na dosagem errada. E também quando somos sinceros conosco mesmos, não temos abertura para o famoso guilty pleasure; não devíamos sentir culpa por algo que nos traz prazer (ok, entenda isso nos parâmetros de ações que não machucam nem interferem terceiros e, principalmente você - sua maior prioridade).
Grande abraço de amor e luz.
Fiquem bem!
-fermanabe
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